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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como envelhecer bem no Brasil?


Vejo o povo brasileiro como preconceituoso, não sei se existe estatística que comprove este meu pensamento. Em minhas observações e percepções, que são bem afloradas, analiso o povo brasileiro como um falso democrático quanto às diferenças, percebo que apesar de aceitarem o novo, o diferente, no fundo as pessoas hostilizam o gordo, o magro, o negro, as opções sexuais, o baixo, o alto, o ingênuo (tolo), o idoso (velho)...

Justamente em um país que o índice de pessoas idosas cresce absurdamente. Em breve serão quase 15 milhões de idosos (acima de 65 anos) em todo o território nacional, de acordo com o IBGE. Nas próximas décadas, projeções apontam para a duplicação da população idosa no Brasil, principalmente para faixa etária com mais de 80 anos.

Para envelhecer “bem” no Brasil a mentalidade dos governantes deverá mudar, há que ter um sistema de prevenção de doenças crônicas, aquelas de longa duração, e tratamento contínuo para os indivíduos com as doenças já instaladas. Uma medida no Rio de Janeiro funcional foram as praças de 3ª idade com aparelhos de ginástica, mas isso é muito pouco diante do crescimento da população idosa, além do mais a qualidade de vida dessas pessoas só é melhor na zona sul, mesmo assim cada qual tem que arcar com os gastos para manutenção dessa qualidade, com medicamentos, aula de dança, tratamentos psicoterápicos, fisioterapia...etc, tudo sai do bolso do cidadão idoso que já contribuiu tanto para esse sistema previdenciário “falido”, alguém deve ter enriquecido com ele...

O que fazer para envelhecer com qualidade de vida e deixando os preconceitos, política e roubalheira de lado? O objetivo da comunidade científica é descobrir a fórmula de retardar o envelhecimento humano, este é o foco dos cientistas, geriatras, neurologistas e nutricionistas.
O que a nutrição pode fazer?

O envelhecimento está intimamente relacionado ao ciclo circadiano, que se desorganiza com o passar dos anos. Ciclo circadiano é o mesmo que relógio biológico, ele consiste em um ciclo de 24 horas durante o qual a temperatura do corpo, a atividade cerebral e a produção de hormônios variam com a mesma regularidade. Há dois processos vinculados ao ritmo circadiano diretamente associados à longevidade: o sono e a ingestão de alimentos; ou seja, manter os horários de dormir e de fazer as refeições mantém o organismo bem regulado prevenindo doenças, principalmente o diabetes, atenção também para a quantidade.

Duas estratégias alimentares estão ligadas a maior tempo de vida: a restrição calórica e ingestão regular de fotoquímicos (presentes em frutas, verduras e legumes) e aminoácidos (responsáveis pela produção de proteínas e enzimas). Lembrando que para um envelhecimento saudável a reeducação alimentar e a prática de exercício físico deverão constar do dia a dia do idoso.

Deixo aqui a minha parcela de contribuição para este grupo.

Opções nutricionais que previnem o envelhecimento:

Da pele: chá verde, própolis, geleia real, romã, salmão, sardinha, suco de uva e vinho tinto, colágeno hidrolisado. São anti-inflamatórios e anticarcinogênicos, protegem contra o foto-envelhecimento da pele.

Do cérebro: alho, gema de ovo, cebola, brócolis (estes 4 possuem cisteína, um aminoácido), chá verde, cúrcuma, ginseng, quinoa, ômega 3 (salmão, sardinha, linhaça e chia). Previne AVC, problemas neurológicos e demências como o Alzheimer.

Das artérias: alho, arroz integral, aveia, azeite extra virgem, castanha do Pará, frutas vermelhas, gengibre, óleo de coco, tomate, vinho tinto. Previne o estreitamento dos vasos.

Dos ossos: brócolis, chá verde, cúrcuma, soja. Manutenção da massa óssea.


Do corpo todo: feijões, grão de bico, lentilha. Contém metionina, aminoácido fundamental para regeneração dos tecidos e limpeza do fígado.