Vejo
o povo brasileiro como preconceituoso, não sei se existe estatística que
comprove este meu pensamento. Em minhas observações e percepções, que são bem
afloradas, analiso o povo brasileiro como um falso democrático quanto às
diferenças, percebo que apesar de aceitarem o novo, o diferente, no fundo as
pessoas hostilizam o gordo, o magro, o negro, as opções sexuais, o baixo, o
alto, o ingênuo (tolo), o idoso (velho)...
Justamente
em um país que o índice de pessoas idosas cresce absurdamente. Em breve serão
quase 15 milhões de idosos (acima de 65 anos) em todo o território nacional, de
acordo com o IBGE. Nas próximas décadas, projeções apontam para a duplicação da
população idosa no Brasil, principalmente para faixa etária com mais de 80 anos.
Para
envelhecer “bem” no Brasil a mentalidade dos governantes deverá mudar, há que
ter um sistema de prevenção de doenças crônicas, aquelas de longa duração, e
tratamento contínuo para os indivíduos com as doenças já instaladas. Uma medida
no Rio de Janeiro funcional foram as praças de 3ª idade com aparelhos de ginástica,
mas isso é muito pouco diante do crescimento da população idosa, além do mais a
qualidade de vida dessas pessoas só é melhor na zona sul, mesmo assim cada qual
tem que arcar com os gastos para manutenção dessa qualidade, com medicamentos,
aula de dança, tratamentos psicoterápicos, fisioterapia...etc, tudo sai do
bolso do cidadão idoso que já contribuiu tanto para esse sistema previdenciário
“falido”, alguém deve ter enriquecido com ele...
O
que fazer para envelhecer com qualidade de vida e deixando os preconceitos,
política e roubalheira de lado? O objetivo da comunidade científica é descobrir
a fórmula de retardar o envelhecimento humano, este é o foco dos cientistas,
geriatras, neurologistas e nutricionistas.
O
que a nutrição pode fazer?
O
envelhecimento está intimamente relacionado ao ciclo circadiano, que se
desorganiza com o passar dos anos. Ciclo circadiano é o mesmo que relógio
biológico, ele consiste em um ciclo de 24 horas durante o qual a temperatura do
corpo, a atividade cerebral e a produção de hormônios variam com a mesma
regularidade. Há dois processos vinculados ao ritmo circadiano diretamente
associados à longevidade: o sono e a ingestão de alimentos; ou seja, manter os
horários de dormir e de fazer as refeições mantém o organismo bem regulado
prevenindo doenças, principalmente o diabetes, atenção também para a quantidade.
Duas
estratégias alimentares estão ligadas a maior tempo de vida: a restrição calórica
e ingestão regular de fotoquímicos (presentes em frutas, verduras e legumes) e
aminoácidos (responsáveis pela produção de proteínas e enzimas). Lembrando que
para um envelhecimento saudável a reeducação alimentar e a prática de exercício
físico deverão constar do dia a dia do idoso.
Deixo
aqui a minha parcela de contribuição para este grupo.
Opções
nutricionais que previnem o envelhecimento:
Da
pele: chá verde,
própolis, geleia real, romã, salmão, sardinha, suco de uva e vinho tinto,
colágeno hidrolisado. São anti-inflamatórios e anticarcinogênicos, protegem
contra o foto-envelhecimento da pele.
Do
cérebro: alho, gema
de ovo, cebola, brócolis (estes 4 possuem cisteína, um aminoácido), chá verde,
cúrcuma, ginseng, quinoa, ômega 3 (salmão, sardinha, linhaça e chia). Previne
AVC, problemas neurológicos e demências como o Alzheimer.
Das
artérias: alho, arroz
integral, aveia, azeite extra virgem, castanha do Pará, frutas vermelhas,
gengibre, óleo de coco, tomate, vinho tinto. Previne o estreitamento dos vasos.
Dos
ossos: brócolis, chá
verde, cúrcuma, soja. Manutenção da massa óssea.
Do
corpo todo: feijões,
grão de bico, lentilha. Contém metionina, aminoácido fundamental para
regeneração dos tecidos e limpeza do fígado.