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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Qual o tamanho da sua fome?






Um grande  levantamento aponta para o aumento expressivo da obesidade nas últimas décadas, e para introduzir este assunto é fundamental mencionar o panorama sobre a obesidade no mundo:

Quase um terço da população mundial está obesa ou com sobrepeso!

Em todo o mundo há 2,1 bilhões de pessoas obesas ou com sobrepeso, o que representa quase 30% da população mundial, estes dados são de 2013. Em 1980 eram 857 milhões. O aumento da obesidade nas últimas décadas ocorreu em todas as regiões do mundo, representando um problema de saúde pública em países ricos e pobres. De acordo com o estudo Global Burden Disease.

Entendendo o processo da fome no organismo.

A sensação de fome  e o apetite voraz consequentemente acarretará em obesidade, exceto se diagnosticado algum distúrbio hormonal, como o hipertireoidismo, tema que não será abordado aqui. Entretanto, cabe destacar que há alguns hormônios endógenos relacionados ao controle do apetite e que atuam de maneira diferenciada no corpo humano.

Tais hormônios endógenos, produzidos pelo próprio organismo, estão intimamente ligados ao metabolismo, gasto energético e apetite do indivíduo. São eles os principais responsáveis pelo excesso de peso e obesidade: Leptina e Grelina!

Um inibe e o outro estimula o apetite.

Em latim "leptos" significa magro, a leptina é uma proteína produzida no tecido adiposo, quanto maior a massa adiposa no corpo, maior será a produção de leptina, sua liberação ocorre à noite e nas primeiras horas da manhã. Altos níveis de leptina inibem o apetite, reduzindo a ingestão alimentar, enquanto baixos níveis induzem a hiperfagia, ingestão excessiva de alimentos. Portanto, uma boa qualidade de sono pode influenciar no controle da obesidade

Apesar da grande concentração deste hormônio em obesos eles mantêm o apetite elevado! Isso justifica-se pela saturação de tantas "mensagens" ao cérebro para que haja saciedade, ou seja, resistência das células à entrada da leptina. Assim as células do hipotálamo, que controla o apetite, não recebem o sinal da leptina de parar de comer. Começando um ciclo vicioso: O indivíduo obeso tem bastante leptina -- deixa de receber informações de saciedade através da leptina -- tornando-se resistente à leptina -- continua a comer -- não controla mais o apetite -- obesidade ainda maior.

Outro hormônio também relacionado com o controle do apetite é a grelina, a palavra de origem inglesa grow significa crescimento. É um hormônio proteico e estimulador da liberação do hormônio do crescimento (GH). A grelina é conhecida por ter efeitos contrários à leptina, ou seja, a principal função é o fator orexígeno, o que induz ao aumento do apetite, além do controle do balanço energético. Este hormônio é encontrado e produzido no estômago. Possui outras funções importantes como a secreção ácida do estômago, motilidade estomacal, metabolismo da glicose, ação cardioprotetora e até anti-neoplásica.  Não se sabe até que ponto a grelina está relacionada à obesidade, apesar das evidências fisiológicas de promover o estímulo ao apetite.

Independente das questões hormonais é primordial para a saúde o acesso à dieta equilibrada e à prática diária de exercício físico. Mantendo hábitos saudáveis é possível combater a obesidade.

Alguns hábitos que poderão ajudar no processo de emagrecimento ou manutenção do peso:


* Alimentar-se de 3 em 3 horas -  evita ataques aos doces e guloseimas;

* Fazer um bom café da manhã - promove maior saciedade durante o dia;

* Consumir 3 porções de frutas ao dia - a frutose e as fibras substituem a vontade de comer doce;

* Praticar exercícios - dão sensação de bem-estar, o mesmo efeito causado pelos doces e carboidratos    em geral;

* No sufoco: Mascar chiclete - libera serotonina, substância relacionada ao prazer, evitando compulsão;

* Consumir alimentos ricos em triptofano - diminui o estresse e a ansiedade, promovem a saciedade,    são eles: aveia, banana, maçã, canela, castanha-do-pará, amêndoa, feijões, leite e derivados.


"Novos caminhos quebram velhas rotinas"



Fonte: Associação Médica Brasileira de Nutrologia (ABRAN)

Outras Fontes:  ANutricionista.Com 


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