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quarta-feira, 5 de março de 2014

A comida japonesa "ocidental" é saudável?



                                                             








A comida japonesa tornou-se popular no mundo ocidental, diria um modismo.

No entanto, seria ela tão saudável como é no Japão?

A tendência de acrescentar toques não originais aos sushis como os recheados com cream cheese e maionese tem sido frequentes por aqui, ingredientes não exatamente típicos do japão. A interpretação americanizada  do frango com molho teryaki é salgada demais, assim como os molhos de soja encharcados de sódio. Apenas em um jantar japonês pode-se consumir a recomendação diária de sódio só por causa do molho, uma colher de sopa de shoyo tem 1.400 mg de sódio.

Recomendação diária: a recomendação de sal (NaCl) não deve ultrapassar 5g por dia, equivalente a 1,7g de sódio (1.700 mg).

Falando agora em calorias, em um rodízio de japonês pode-se alcançar 1000 calorias, levando em consideração uma dieta com 2000 calorias diárias e que uma refeição de almoço ou jantar deve conter em média  600 a 700 calorias, o japa ocidental extrapolou comparado a uma refeição típica do brasileiro, com arroz, feijão e bife que tem apenas 645 calorias...

Quanto a diversidade cultural alimentar o japonês é bem vindo, mas deve-se ter cuidado, já que a forma de preparo não é fidedigna à do oriente, onde as frituras são evitadas ou quando são feitas o preparo é do modo stir-fry (fritar rapidamente em pouco óleo, a preferência deles é o óleo de gergelim ou canola).

Não são apenas os ingredientes ou os métodos de cozimento que mantêm os japoneses saudáveis e magros até uma idade avançada, também a maneira como eles comem. Durante séculos desenvolveram uma série de normas de alimentação diária, algumas práticas e outras filosóficas, que os deixam magros e ágeis. Uma destas práticas está no "hara hachi bunme" que significa comer até ficar 80% satisfeitos.

Se é para copiar... copiemos o que é bom!

Não há dúvida que a culinária japonesa é capaz de prolongar a vida, tanto que a estatística comprova: os japoneses estão classificados em terceiro lugar quanto a expectativa de vida no mundo, de acordo com o The World Factbook da CIA. Um dado incrível é que as mulheres japonesas são as mais magras do mundo, apenas 3% delas são considerada obesas contrastando com os 33% das norte-americanas, chocante não é!

Outro fato questionável no quesito saúde é a quantidade que é consumida aqui, lá do outro lado do mundo, no Japão, eles separam as refeições em diferentes porções, ou seja, cada prato é servido em um pequeno e decorado recipiente, eles fazem questão de desfrutar um sabor de cada vez, limitando o tamanho das porções e enfatizando principalmente a apresentação.

Muito a aprender!

Pequenas porções da culinária japonesa


Deixo uns questionamentos ou apenas reflexão para meus leitores, lembrando que nada tenho contra a culinária japonesa... do Japão!

A comida japonesa ocidental vicia? Se resposta afirmativa, o que ela tem escondido?
O peixe cru pode ser consumido sem questionar sua procedência? Se a resposta for positiva, por que os médicos o proíbem para gestantes?


Fonte de consulta:

Pasternak, Harley. Dieta dos países magros

3 comentários:

  1. Olá, sei que não tem muito a ver com o assunto, mas eu estou pretendendo fazer Faculdade de Nutrição, porém sempre tive bastante dificuldade em exatas(química), e vi que o curso tem muita química. Você poderia me dizer algo sobre isso?? Tenho muito medo de começar um curso e desistir! A matéria de química é muito difícil??
    Desde já agradeço e aguardo uma resposta!!
    Parabéns pelo Blog!

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    Respostas
    1. Olá Raphael! Obrigada por sua participação neste espaço. Quanto ao curso de Nutrição é importante vc conhecer o programa das disciplinas do curso, para não perder tempo, tive amigas que deixaram o curso pela metade. A Nutrição é belíssima, mas tem que estudar muita fisiologia e bioquímica (acho mais difícil que a química), a química mesmo são apenas 1 ou 2 períodos, não acho difícil porque eu adorava!! A Nutrição nunca esteve tão bem no mercado de trabalho, de acordo com pesquisa da revista Isto É o risco da profissão se extinguir é zero. Portanto acho um bom investimento, além do mais pode virar uma paixão, como aconteceu comigo. Um grande abraço e boa sorte na sua escolha. Débora

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  2. Obrigado por responder Débora!!
    Me ajudou muito!!

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